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Mostrando postagens de maio, 2011

Pelas janelas

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"Ela é a dona do olhar que vagueia pelas janelas empoeiradas, em busca de algum rosto, algum lugar, algum tempo que já se foi, ou ainda não veio. Ela tem sonhos, não sabe viver somente com os pés no chão. Ela ama e ainda amará muito, mesmo com o coração cheio de remendos. Ela tem feridas pelo corpo, marcas da sua vida, ainda tropeça e cái, mas sempre se levanta e segue em frente. Porque ela sabe que a vida vale a pena, apesar de tudo." [RaH]

Por quê?

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Desde pequena, segundo relatos dos meus pais, eu era uma criança "diferente". Sempre fui geniosa,teimosa. Se não queria algo, não adiantava insistir, brigar, xingar. Mas quando queria, movia céus e terras para conseguir. rs! Já cuidava do meu irmão 5 anos mais velho, como se fosse uma "adulta", chamando atenção, ajudando a olhar, a dar comida, enfim... Até mesmo nos meus "porquês" eu mostrava uma personalidade singular. Como minha mãe conta, eram perguntas que não tinham respostas adequadas para minha idade (cerca dos 4anos). "Por quê temos sangue no corpo?" "Por quê se o coração parar de bater a gente morrer?" "Por quê Deus me deu um irmão deficiente?" Por que.. Por que....? Sempre perguntas difíceis, de respostas cientificas ou religiosas. haha! Ainda tenho muitas perguntas sem respostas. Meus pensamentos são de uma espécie de taquipsiquismo. Imaginação tão fértil que serve até de fertilizante para os outros! hahahhaha... Se

Um pouco de humanidade

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Poema em linha reta Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nist