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Mostrando postagens de outubro, 2012

Amores [Im]perfeitos

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Em uma sessão de terapia em família com um casal que está passando por uma crise no relacionamento, disse uma coisa que acho que serve pra todos nós. Criamos expectativas demais nos relacionamentos e diante de qualquer dificuldade, as vezes pensamos em desistir, porque aquela pessoa 'não é quem eu pensava'. O que eu disse foi que os relacionamentos não são perfeitos porque as pessoas não são perfeitas . Relações dão certo se as pessoas envolvidas estiverem dispostas a fazer dar certo, a fazer funcionar. Se o sentimento que existe é suficiente, a tentativa é valida. Porque tentar uma coisa que já não tem razão de ser, é desperdício. De energia, de tempo...  Se ainda resta alguma razão, alguma chama, se ambos querem, a fogueira pode sim reacender e se manter e aquecer. Mas é preciso que os dois coloquem lenha, alimentem. É como remar um barco numa corredeira. Fica mais fácil se as duas pessoas remarem. Se só uma fizer isso, o risco de o barco virar é bem maior.

O Eterno que acabou

Hoje me bateu uma enorme saudade de pessoas que não estão mais presentes em minha vida. Relendo cartas, revendo fotos, relembrando memórias.. Objetos guardados com carinho de uma época feliz. Experimentei colocar aquela aliança com os dizeres 'amor eterno'. Hoje ela está mais larga... Não me lembro se já era assim naquele tempo... Algumas lágrimas escorreram. Por lembrar de promessas feitas, brincadeiras, palavras, momentos felizes, de um amor 'eterno' que ficou para trás. Nada é eterno. Nem os amores e nem as dores. Mas é bom saber que já fui amada daquela maneira. Que havia alguém que largaria tudo e todos por mim, que as coisas e os lugares só eram mais agradáveis se estivesse ao meu lado, que me tinha como uma companheira, que acreditava e lutava por mim, era parceiro, amigo, amante... Era alguém em quem podia confiar. Que não tinha medo de me amar e demonstrar isso. Gritava para o mundo ouvir. Mesmo que parecesse um bobo ou um louco... Era aquele que

Infância: do que sente mais falta?

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Não posso dizer que na minha infância não tinha responsabilidades. Sempre as tive. Claro que bem menos que hoje... Mas com certeza, não tinha tantas preocupações, tantas dores de cabeça, no corpo, no coração...  Era mais fácil sonhar. Era mais fácil acreditar. Em contos de fadas, em um mundo melhor e mais feliz, em pessoas, no amor , na amizade sincera, no papai noel que iria deixar um presente bacana pra mim no natal porque fui uma boa menina, na boa intenção daqueles que te sorriem. E é disso que as vezes sinto mais falta da minha infância: a inocência .

“Vez em quando sumo dos outros, vez ou outra me faço de louca e sumo de mim.”

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Vez em quando é preciso se manter ausente para que sintam a falta da sua presença. Ted e Hugo “Acho que todo mundo precisa de esconderijo. Não fujo, mas vezenquando me escondo porque preciso da minha paz, preciso ler minhas frases silenciosas. Palavra pra mim é a coisa mais séria e bonita que existe. Preciso delas ao meu lado, sublinhadas. Tenho esse lado infantil de correr para o colo da mãe, acender a luz do corredor e não caminhar no escuro. Gosto da luz, do mundo claro. Em compensação, amo noites e estrelas.” ~ Clarissa Corrêa nota: Ted e Hugo são meus ursos companheiros, que junto ao meu poodle Nick, me escutam, me 'aturam', me acolhem, se molham com minhas lágrimas e abafam o som do meu choro. Além disso, sim, durmo com os dois. rs.  __________________________________________________________________________ Três pedrinhas de gelo no coração. Será que isso é suficiente para a gente começar a sentir menos?