Hmmmm! Que fome!




Estamos com fome de amor:

"Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar:
'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'.
Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma.
Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível.
E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos.
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de
frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz que "se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"

Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da
vida'".


Antes idiota que infeliz!

-(Arnando Jabor)

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Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar, como sempre, pelos sumiços..
Estou quase enlouquecendo com este final de período.
É tanta coisa! Tantas provas, trabalhos, o estágio no abrigo, monitoria de testes...
Minha vida pessoal fica meio que anulada.
Só tenho tempo para facul, fisioterapia e natação...
Agora acabei a fisio, mas estou voltando a trabalhar.
Segunda retorno.
Por um lado é bom, trabalhar faz bem pra gente, né...
Mas por outro, vou ficar doida por não sobrar muito tempo pra facul.
Mais uma vez, minha vida ficará um pouco mais "anulada" e não sobrará muito tempo pra mim mesma... Nem tenho saído de casa! Só para estas coisas que já citei!
Mas espero que com o tempo as coisas comecem a voltar ao seu lugar, e tudo se ajeite.
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Quanto ao texto, eu sempre gostei muito do Jabor.
Ao ler este texto me identifiquei tanto!
Principalmente quando vi sobre as "comunidades".. hahaha..
Estou em pelo menos uma ou duas parecidas...

Acredito naquela coisa de que hoje as pessoas constroem paredes ao invés de pontes.
E então o que temos são diversas ilhas.
Há uma dificuldade enorme de deixar que o Outro se aproxime.
Ou mesmo de querer.. Talvez por medo, por "covardia"... Não sei.

Particularmente, prefiro ser brega, como Jabor.
;)

BeijO!

Comentários

Evelyn Oliveira disse…
oie, fazia tempo q n passava por aqui... tá lindo viu...

Depois dá uma conferida nos novos post's do Cupcake e dê a sua opinião, ok?

Bom fds.
Beijo grande!
Desabafando disse…
Esse texto do Jabor é muito verdadeiro mesmo.
QUE LINDO SEU BLOG PARABENS ,ESTAREI ESPERANDO VC BEIJOSSS
Mauro Vieira disse…
oi rá! gostei hein!
além do mais, seu blog ta demais! bjus
Jeferson Cardoso disse…
Concordo com você e com o Jabor. Não tenho tato para a sofisticação. (sorrio).

Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com onde tudo é simples, porém...
Bird disse…
OI..
faz tempo que não vinha aqui,me sinto até um pouco envergonhada...

mas,vi que sey blog cresceu em popularidade...Isso é bom =]
Grasi disse…
Amei o post...
E essa fome aumenta todo dia um pouquinho :(
Bjão e um ótimo feriado.
leonel disse…
Tem de ser doce, com gostinho de algodão doce da saída da escola. Coisa bucólica, saudosista, mas é que as melhores recordações que tenha na vida ainda residem na época dos primeiros anos que se perderam de mim.

Abraço do Leonel.
Helcio Maia disse…
Bom chegar aqui e ler algo que faz pensar e, mais que isso, sentir.
Seguindo!!
Abraço fátuo.