O namorado perfeito.



Filipe. 24 anos. Eu, 17.

Eu tive um rolo com um dos amigos dele (que também tinha rolo c/ outras.. ¬¬°), e depois de um tempo que terminamos, fui a um churrasco na casa dele (do Filipe).
Além de conhecer a turma (que se nomeia por Karbarufada = barka furada), era vizinha de dois deles e estudava com o irmão mais novo do Felipe. No churrasco, o amigo com quem eu tive rolo já estava com outra, agarrado. Mas como todo cafa, de olho em mim.
Eu estava com umas amigas.

O mais engraçado foi que fui disputada por Filipe e pelo irmão do meio, que também dizia estar afim de mim (e o qual uma das minhas amigas era apaixonada).
Não fiquei com ninguém, claro.

Um tempo depois, Filipe começou a freqüentar mais a rua da minha casa e passava horas conversando comigo e com minha amiga, antes de sair com a turma.
Eu não queria me envolver com mais nenhum deles, pois sabia como eram. Todos cafas, barcas furadas. Faziam jus ao apelido da turma.
Mas aquele meninão (alto e fortão – ele era instrutor de academia e personal trainner) acabou me conquistando aos poucos.

De choquinhos de “amigo” e longos abraços, acabei me apaixonando e deixando me envolver.

Foi uma história linda. Nos amamos muito. Nos divertíamos muito.
“Minha nega”, era como ele me chamava...
Mas como toda linda história, os “vilões” existem.

Os amigos dele, que apesar de serem “legais”, não estavam gostando muito da situação. Afinal, estavam perdendo o amigo de balada, pegador, etc e tal...
Ele já não saía tanto com a turma, e quando ia, eu ia junto.
Começaram então as conversas fiadas. Diziam que eu o traía, que “dava idéia” pra eles, etc...

O ano estava terminando e no ano seguinte eu viria para Betim, para cursar faculdade. Isso então visou mais um motivo para as conversas.

As brigas começaram a ficar mais freqüentes. Por mais que ele não acreditasse, ficava mexido e eu também. Aquilo estava insuportável. O namoro ficou abalado. Eu não confiava nos amigos dele. Ele ficava neurado quanto ao fato de eu mudar de cidade. Mesmo com nossas conversas, com tudo que eu dizia sobre o que eu sentia por ele, os amigos acabavam vencendo quando diziam “Imagina as festas de faculdade? E a quantidade de caras diferentes que ela vai conhecer? Os caras vão dar de cima dela... Você vai estar longe...”.

Tive que vir embora antes do previsto, por causa de uma oportunidade de emprego que surgiu.

Para dar a notícia (eu iria embora daí a dois dias), aproveitei que estava sozinha em casa, preparei tudo muito lindo para que fosse uma “bela despedida”, e chamei-o para ir pra lá ficar comigo. Disse tudo. Choramos muito... Feito crianças...

E depois nos amamos. Nos amamos como nunca.

No dia em que vim embora, fui a casa dele e ele me entregou uma caixa toda escrita de “eu te amo”, com uma camisa que ele havia usado no nosso 1º beijo, um chaveiro e uma carteirinha (coisas especiais que marcaram alguns fatos da vida dele), uma foto nossa, e uma carta de 3 páginas. Era uma declaração de amor maravilhosa e uma despedida também, que li chorando e soluçando muito. Ele não foi até minha casa, não queria me ver indo embora.

Algumas semanas depois terminamos. De alguma forma eu sabia que isso aconteceria.
Apesar de todo o sentimento, passaríamos muito tempo sem nos ver, por causa do trabalho e da faculdade, e a pressão dos amigos seria muito mais forte.
Foi o que aconteceu...

Até um tempo atrás ele ainda me ligava dizendo me amar.
Numa das últimas vezes que fui a Itabira, encontrei com ele perto da academia onde ele trabalha.
Quando me viu, ficou tão surpreso, como se fosse uma criança ganhando o presente que pediu ao Papai Noel. Disse o quanto eu estava diferente, estava linda, anotou meu telefone, queria me ver. Me ligou mais tarde, disse que ainda me amava...
Mas eu disse que era complicado, que sabíamos da distância e tudo o que aconteceu, e que não queria sofrer aquilo tudo de novo. Ele conhece bem os amigos que tem, e eu também.

Tenho saudades do nosso amor...
Nossa música: "Sou eu assim sem você" - Claudinho e Bochecha

"Por que é que tem ser assim? Se o meu desejo não tem fim...
Eu te quero a todo instante, nem mil alto-falantes vão poder falar por mim!
...
E a solidão é meu pior castigo..!"


No dia que escrevi essa, tva olhando um aplicativo do facebook, "o nome do seu verdadeiro amor". kkkk!
e olha aí o q deu:


haha!
Trem booobo! :X

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Os outros com quem me envolvi, claro que houve sentimento. Mas não como esses que contei.

Meu coração foi partido na maioria das vezes em que me deixei envolver tão fundo, mas sei que o amor é mesmo assim...
Sempre que sentimos afeto por alguém, somos realmente “afetados”.
Corremos sempre o risco de nos machucarmos em qualquer tipo de relação com qualquer ser humano.


beijO!

Comentários

Anônimo disse…
Aiiii, q lindo e doloroso, vc é mto corajosa, tomou uma dificil decisão, certissima!
Andressa Tavares disse…
que história linda!
Toda menina tem um felipe ( e seus derivados: Filipe, Felipe, Phelipe...)
na sua vida!
Sempre há sentimento, mas na realidade só cabe a gente saber se vale a pena ou não continuar com ele.
Desabafando disse…
Que bonita sua história com ele, mas ao mesmo tempo triste!